Aconteça o que acontecer (ventos, tempestades, etc.), sei que há coisas e pessoas na minha vida que não vão mudar nunca e que têm a capacidade de me colar, mesmo quando estou tão partida que já não sou cacos, antes pó de vidro.
Pessoas e coisas que têm a capacidade de rasgar esta grande e negra burca que às vezes se estende sobre a minha vida.
A saber:
- os outros dois vértices do meu trio maravilha (as cumplicidades, os risos, e a maneira como mesmo sem lançar um SOS, elas me veêm salvar quando tudo se parece afundar);
- as minhas pessoas, ou seja, os meus AMIGOS;
- os risos e as gargalhadas;
- a lua (especialmente a lua cheia);
- apanhar chuva, que me molha o corpo, mas me lava a alma;
- sentir a areia quente nos pés;
- a visão do mar, entrar no mar, mergulhar no mar;
- ouvir os "trinados" das minhas duas "personal" Divas (Nina Simone e Maria Callas) e a música em geral (da boa entenda-se);
- ler, cheirar, sentir os meus livros, há alguns "especialmente especiais", o Chatwin, o Auster...;
- a bondade dos desconhecidos (como a Cate Blanchet em "A Street Car Named Desire";
- os pequenos nadas;
- os (re)encontros fortuitos e fugazes ;
- meter as mãos aos bolsos e encontrar grãos de areia que resistiram à lavagem;
Daqui só posso concluir que:
Às vezes a minha estrela parece que desaparece, mas é mentira, eu é que não me esforço realmente para a ver, mas também já ouvi dizer que as coisas essenciais são invisíveis à vista... e ontem quando acabei de escrever este texto, abri finalmente o meu Mumm e brindei(me), à minha estrela, aos meus portos seguros, a mim, à vida!!!
TCHIN, TCHIN
P.S.: Estava quase a escrever: A Vodka Preta, e a Branca (que isto nas cores das bebidas tento seguir os mesmos preceitos que sigo com as cores das pessoas), mas depois lá se ia a Poesia...
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